Foi na tarde de 22 de janeiro do ano de 2009, depois de ter ido à dois cultos dominicais em semanas anteriores, sendo incomodado desde o primeiro deles, quando senti que eu era muito observado por todos, logo reparei que aquela era uma igreja pequenina e de aparência humilde. Nos sentamos lá na frente! Eu queria morrer de vergonha, pois eu queria era é me sentar na última fileira e se possível, bem no cantinho...
Observei que as pessoas iam chegando e logo aquela igrejinha, parecia uma panela de pressão! Estava cheia de gente e todos estavam ansiosos para o início. Quando começou o culto, um conjunto formado por jovens começou a tocar. Eles cantavam a todos pulmões cânticos que eu nunca havia ouvido. A música era muito alta, mais ainda porque eu estava parado lá na frente, bem diante dos alto-falantes! Naquele momento eu pensava, o que é que estou fazendo aqui? Como eu gostaria de sumir dali!!!
As pessoas dançavam, batiam palmas e cantavam junto com a banda, e eu ali, morrendo de vergonha, duro como uma estátua... Uma hora, tinha uma música, onde as pessoas ficavam cantando olhando umas para as outras, nessa hora o pastor também já participava junto e mandava todo mundo se cumprimentar. Pessoas que nunca vi antes, vinham e me abraçavam e me beijavam, diziam que Jesus me amava, que vergonha que eu estava! Louco para ir embora!
Chegou um momento, que aquela "tortura" acabou, veio o pastor, tomou a palavra e mandou todo mundo se sentar. Ele abriu um livro preto, pediu para que todos abrissem junto com ele e leu aquele livro. Ali fiquei eu, uns 40 minutos, ouvindo tudo com atenção e percebi que eu estava gostando. Aquelas palavras fechavam muito com a minha vida e eu me sentia muito tocado por tudo o que aquele homem falava... Bom , chegou um momento que aquela parte acabou e uma mulher de cabelo estranho, pegou o microfone e começou a pregar aquela passagem de 1 Reis, capítulo 19, em que Elias, depois de haver destruído os profetas de Baal, foi se esconder numa caverna. Notei que aquela mulher falava umas duas frases e logo ficava me olhando. Ela chegava em determinados momentos a parar de falar para ficar me olhando... Daí pensei eu, ai-ai-ai!!! Que vergonha!!! Só faltava essa!!! Ela vai querer fazer alguma coisa ou querer vir falar comigo... Não deu outra... Ela veio entregando revelações para várias pessoas na igreja, até que, por último, chegou até mim. Ali estava eu, toda a igreja olhando para mim e aquela mulher que eu nunca havia visto na minha vida descortinando a minha vida diante de todos, começou a revelar tudo o que eu sentia de mais profundo, coisas que mais ninguém sabia. Ela dizia que Deus era quem estava revelando essas coisas pois Ele tinha uma tremenda obra para realizar em minha vida e que eu seria um instrumento para Ele... Aquela mulher me disse mais, disse que a partir daquela noite eu não seria mais a mesma pessoa, pois o Deus Todo Poderoso estava trocando o meu coração. Na hora eu tremia todo, me senti como se algo estivesse sondando o meu ser, sentimento de alegria e temor se misturavam...
Depois de alguns dias, lá estava eu em casa, numa tarde, rodeado de amigos, jogando baralho, bebendo e cheirando cocaína. E de repente, meu amigo Leandro tocou a campainha e me disse que o Senhor tinha falado com ele e que Ele queria me aceitar e ser o meu Salvador. Imagine só! Jesus queria me aceitar!!! É verdade, pois não somos nós que o aceitamos, é Ele quem nos aceita. Nós não somos dignos de nada!!! E o Seu amor para conosco é tão grande que Ele, educadamente, não nos constrange, e se coloca à expectativa de que nós O aceitemos, quando Ele, desde sempre já nos aceitou, bastando tão somente que nós confessemos que Ele é o nosso suficiente e único Salvador. E naquele momento aceitei Jesus. Pedi perdão dos meus pecados e pedi a Deus para que a partir daquele momento governasse a minha vida! E hoje, como diz o apóstolo João, sou filhinho, completo quatro anos de vida com Cristo. Feliz aniversário pra mim, então!
E hoje, comemoro o meu quarto aniversário de vida! Sou um ex-morto! Hoje vivo, não eu, mas Cristo vive em mim. Muito obrigado Papai, por me aceitar e me dar o poder de ser chamado de Teu filho! Muito obrigado.
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