Era o dia dois de Junho de 1992. Numa manhã de quinta-feira, tão despretensiosa quanto qualquer outra daquele final de outono... Levantei-me sem muita pressa. Iria fazer uma inspeção num condomínio próximo de minha casa e depois iria visitar meu pai no hospital São Paulo. Mais um dia a se juntar com os mais de trinta dias que ele estava internado para operar seu coração por conta de um infarte que teve há quase dois meses atrás, mas por causa da pressão e da diabete não conseguira ainda ser operado. E ele já tinha sido operado no dia anterior e passara a noite na UTI.Para a infeliz surpresa de todos, e principalmente a minha, naquele dia aconteceu o pior: eu perdi o meu pai. Meu primo me ligou pra avisar e eu perdi o chão. Sem dúvida, aquele foi o dia mais triste de minha vida. A dor da perda, a separação irreversível, a ausência – que a partir daquele momento seria definitiva – e uma indescritível sensação de completo desamparo. Naquela lastimosa manhã de outono uma grande chaga abriu-se dentro de mim e que, às vezes, ainda teima em sangrar.
E depois de dezesseis anos, no mesmo mês, minha mãe também me deixou . Era dia dez de junho de 2.008. Talvez você também tenha, assim como eu, um triste relato sobre a perda de um ente querido, alguém muito amado que se foi, há muito ou há pouco tempo, cuja falta inunda seus olhos e coração de lágrimas. Mas, para esses dias de profunda consternação, a Palavra de Deus mostra-se presente e oportuna para abrandar nossas mazelas.
O Salmo 146 nos mostra essa preocupação com o amparo e o sustento dos que viveram a dura experiência da perda de alguém amado: “LOUVAI ao SENHOR. Ó minha alma, louva ao SENHOR. Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu for vivo. Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação. Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no SENHOR seu Deus. O que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles, e o que guarda a verdade para sempre; O que faz justiça aos oprimidos, o que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados. O SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos; O SENHOR guarda os estrangeiros; sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios. O SENHOR reinará eternamente; o teu Deus, ó Sião, de geração em geração. Louvai ao SENHOR”.
Este salmo é um hino de louvor que celebra o projeto de Deus e o que Ele produz, procurando despertar nosso amor para com Ele, cuja ação benfazeja no mundo leva os fiéis a confiar na ajuda divina. Nesse ambiente de celebração diária e de exultação, chama-nos a atenção a presença de dois elementos, a princípio, destoantes: o órfão e a viúva. Distintos em suas características próprias, mas congruentes num ponto crítico. Esse ponto é o acontecimento do evento morte, e não uma morte distante ou irrelevante – se é que alguma morte pode ser considerada irrelevante –, mas a morte de um ascendente ou cônjuge, uma pessoa com a qual se mantinham fortes ligações emocionais e de assistência, pois naquele contexto, essa perda não significava apenas a falta de companhia, mas a total ausência de amparo e sustento. Assim, a morte se faz presente no diário, no cotidiano.
Ela é uma realidade da qual ninguém pode fugir, nem mesmo poderosos ou príncipes – como apresenta o salmo, podendo também, infelizmente, alcançar-nos a qualquer momento. E, quando ocorre, esse triste evento abre em nós chagas profundas, as quais, como nos dias passados, necessitam de tratamento para que não causem uma aflição maior. E quando falamos de chagas podemos, também, nos reportar aos dias do escrito sagrado onde, para se tratar dessas feridas era uso comum o derramar de óleo sobre o ferimento para que ele fosse curado. É evidente que tal aplicação não o sarava instantaneamente, mas trazia alívio ao ferido e seu emprego, paulatino e ininterrupto, era capaz de curá-lo em definitivo.
A morte de alguém amado abre em nosso peito chagas que latejam, que sangram, e que em vários casos, continuam a pulsar por muito tempo. Elas necessitam de um cuidador que deite sobre elas o óleo balsâmico e lhes proporcione refrigério. Esta ação está a cargo do nosso Deus, através de seu Santo Espírito – o Consolador –, atuando prontamente nesse cuidado. Assim, podemos entender que Deus age derramando seu óleo sobre a chaga da dor.
Num momento inicial, quando somos surpreendidos pela morte, um sentimento instantâneo e inevitável, que dilacera as entranhas, é o de dor. Uma profunda dor para a qual não há nenhum analgésico eficiente. É uma dor na alma, no mais profundo do ser, parecendo nos alterar de tal maneira que não nos sentimos mais a mesma pessoa, e até nos leva a crer que nunca mais poderemos sê-la. A nossa impossibilidade em compreender o luto, as circunstâncias da morte, a não aceitação da perda, as sensações de solidão e impotência, os ressentimentos e a aparente ausência de um sentido para a vida são alguns dos agravantes para a intensificação da dor do enlutado.
No texto bíblico que discorri acima, podemos citar uma ocorrência dessa natureza na história de Noemi, relatada no primeiro capítulo do livro de Rute, quando, após a perda de seus filhos, ela retorna à Belém, sua cidade e, muito consternada com os acontecimentos, se apresenta com seu novo nome, Mara, que quer dizer "a amarga". Porém, essa amargura não se perpetua graças à ação divina, proporcionando a Noemi e a Rute – a fiel companheira descoberta na adversidade – um final de dignidade.
Essa dor da perda, a primeira vista incontrolável, é sanada pelo agir divino no Seu cuidado com aqueles que acham que, diante da perda de uma pessoa amada, nunca mais conseguirão sentir o pulsar da vida em si, porém, o Senhor age, convertendo essa dor em agente de transformação, oferecendo uma alternativa de continuidade para que a vida não interrompa seu dinâmico movimento de prosseguir.
Outro dia, uma irmãzinha pediu oração por uma menina de dezessete anos que perdeu um filhinho de dois anos. Numa situação dessas é muito dificil até mesmo pra nós que somos cristãos aceitarmos, não é mesmo? A primeira pergunta que eu faria no lugar dessa menina de dezessete anos seria: "Onde o Senhor estava, Deus, quando meu filho morreu???" E, com certeza, Deus iria me responder: "Eu estava no mesmo lugar em que estava quando meu filho morreu na cruz por voce!!!" Quando recebi o email dela, me veio uma passagem bíblica, que muito tem falado ao meu coração diante de tudo o que tenho passado depois que me converti ao Senhor Jesus: O Salmo 121: 1-2 - Elevo os olhos para os montes; de onde virá o meu socorro?O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não sei qual o grau de amizade que ela tinha com a menina que perdeu o filho de dois anos, mas pedi que ela dissesse à mãezinha que meditasse neste versículo. Sei que é muito difícil confortar uma menina que mal começou sua vida e já teve essa perda imensurável. Mas talvez tenha sido esse o questionamento dela diante dessa situação de perda, diante dessa aflição: “de onde me virá o socorro?” Talvez como o Salmista ela estivesse também se perguntando: “ E agora, de onde me virá o socorro?”
Mas veja que o próprio Salmista se dá a resposta, e agora dá a resposta para a mãe da menina também: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”. Acredito que a situação dela seja tão grave que é de socorro mesmo que ela está precisando.
Quando acontece um acidente, quando alguém tem um ataque cardíaco e se sente mal, ligamos para um número que é o número do socorro, e o mesmo vem urgente, vem rápido. Quantas vezes estamos no trânsito e vem a ambulância do SAMU com a sirene ligada e temos que abrir espaço no trânsito para ela passar, pois está indo prestar um socorro, e tem que ser rápido, não pode perder tempo, são vidas que precisam ser salvas. Confiamos no socorro do SAMU, mas especialmente no dia de hoje, eu, você e a Isabela - a menina que perdeu o filho - precisamos confiar no socorro de Deus. O Senhor é mais rápido que a ambulância do SAMU, Ele sempre sabe o caminho certo para chegar até nós, e olha, talvez essa essa situação difícil que a Isabel está vivendo, foi o caminho que Ele encontrou para chegar até ela, Ele se aproveita de tudo para nos salvar. Nosso Senhor Jesus Cristo é o Médico dos médicos, Ele é o Deus do impossível. Neste momento o passo a ser dado é ligar para o nosso socorro. Você tem o celular de Deus? Tem sim! Todos nós temos. Peguem todos seus aparelhos e gravem aí o telefone de Deus : Teclem 6777222666 - são os numeros correspondentes à palavra ORAÇÃO. O TELEFONE DE DEUS É A ORAÇÃO!!!
Nas lutas, nas provações e nos sofrimentos, o que temos que pensar? Temos que pensar que isto não é o final do capítulo da nossa história. Isto é passageiro. Deus já providenciou todas as coisas que necessitamos. E, por que eu posso te dizer isto? Porque eu já vivi e já suportei um grande número de sofrimentos para poder afirmar que o final de tudo, para aquele que crê e tem fé em Deus e tem uma viva esperança sempre é a vitória!
Olha, alguns momentos que eu vivi foram muitos trágicos, mas, sempre mantive a esperança, e a vitória chegou. Eu tenho segurança total. Quando Jesus disse: ‘Eu estarei convosco até o fim.’, Ele estava sendo verdadeiro. Voce que porventura está desesperado, desesperançado, num turbilhão, se a sua vida se parece com uma montanha russa, saiba que essas palavras que eu falei pra você são Espírito e Vida. Elas se transformarão em vida e o Espírito Santo te dará a solução para tudo. O sofrimento que possamos passar nunca é o final da nossa história. O final é a vida vitoriosa! Creia nisto e receba a vitória, para a glória de Deus!